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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OS FLAGELADOSDO VENTO LESTE

"Nós somos os flagelados do Vento-Leste!

A nosso favor
não houve campanhas de solidariedade
não se abriram os lares para nos abrigar
e não houve braços estendidos fraternamente para nós

Somos os flagelados do Vento-Leste!

O mar transmitiu-nos a sua perseverança
Aprendemos com o vento o bailar na desgraça
As cabras ensinaram-nos a comer pedras para não perecermos


Somos os flagelados do Vento-Leste!

Morremos e ressuscitamos todos os anos
para desespero dos que nos impedem a caminhada
Teimosamente continuamos de pé
num desafio aos deuses e aos homens


E as estiagens já não nos metem medo
porque descobrimos a origem das coisas
(quando pudermos!...)


Somos os flagelados do Vento-Leste!

Os homens esqueceram-se de nos chamar irmãos
E as vozes solidárias que temos sempre escutado
São apenas
as vozes do mar
que nos salgou o sangue
as vozes do vento
que nos entranhou o ritmo do equilíbrio
e as vozes das nossas montanhas
estranha e silenciosamente musicais
  "Nós somos os flagelados do Vento-Leste!


@@ POEMA DE MANUEL LOPES@@

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DEMOCRACIA


Democracia deriva da palavra grega “demos” que significa povo . e cracia que significa governo, ou seja, governo do povo. Na democracia teoricamente , é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. pois é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.

Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade. isto é as pessoas possuem liberdade e direito  de expressão e manifestações de suas opiniões, pois estes são garantidos pela Constituição de um governo democratico. Mas quando o individuo ou o cidadão é obrigado a votar. cria um clima de autoritarismo, pois fere a liberdades do cidadão defendido pela constituição. Neste caso cáde a democracia?

A responsabilidade de escolher um dos candidatos, são direitamente influênciadas pela mídia, pela afilhação partidaria, pela propaganda, e poucas vezes pela proposta dos candidatos. por isso dizer que sou do partido x ou z é um absurdo, pois não é a mesma coisa dizer que sou do time x ou z, porque isso é fanatismo e não exercer o seu direito como cidadão.
ser cidadão numa sociedade democratica não é apenas escolher os seus representantes por meio de voto, é também uma forma de participar e analizar ativamente na politica, cultura, educação, economia e nos projetos de desenvolvimento sustentavel.  


As sociedades democráticas estão engajadas em defender  a tolerância, a cooperação e comprometimento da nação em consolidar em cada conquista a sua democracia.


@@@ PETROLEOBRUTO@@@

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

LIBERDADE

A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.então a liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo de ser livre, e nada é mais livre do que a imaginação humana. por tanto não deixe de sonhar, pós quem sonha supera suas limitações, e Também ultrapassa seus limites.


pense nisso

@@@petroleo bruto@@@

sábado, 4 de setembro de 2010

A RENÚNCIA IMPOSSÍVEL

NEGAÇÃO

Não creio em mim

Não existo

Não quero eu não quero ser

Quero destruir-me

atirar-me de pontes elevadas

e deixar-me despedaçar

sobre as pedras duras das calçadas

Pulverizar o meu ser

desaparecer

não deixar sequer traço de passagem

pelo mundo

quero que o não-eu

se aposse de mim

Mais do que um simples suicídio

Quero que esta minha morte

seja uma verdadeira novidade histórica

um desaparecimento total

até mesmo nos cérebros

daqueles que me odeiam

até mesmo no tempo

e se processe a História

e o mundo continue

como se eu nunca tivesse existido

como se nenhuma obra tivesse produzido

como se nada tivesse influenciado na vida

se em vez de valor negativo

eu fosse zero

Quero ascender

elevar-me até atingir o Zero

e desaparecer

Deixai-me desaparecer!

Mas antes vou gritar

Com toda a força dos meus pulmões

Para que o mundo oiça:

- Fui eu quem renunciou a Vida!

Podeis continuar a ocupar o meu lugar

Vós os que mo roubastes

Aí tendes o mundo todo para vós

para mim nada quero

nem riqueza nem pobreza

nem alegria nem tristeza

nem vida nem morte

nada

Não sou Nunca fui

Renuncio-me

Atingi o Zero

E agora

vivei cantai chorai

casai-vos matai-vos embriagai-vos

dai esmolas aos pobres

Nada me pode interessar

que eu não sou

Atingi o Zero

Não contem comigo

para vos servir as refeições

nem para cavar os diamantes

que vossas mulheres irão ostentar em salões

nem para cuidar das vossas plantações

de algodão e café

não contem com amas

para amamentar os vossos filhos sifilíticos

não contem com operários

de segunda categoria

para fazer o trabalho de que vos orgulhais

nem com soldados inconscientes

para gritar com o estômago vazio

vivas ao vosso trabalho de civilização

nem com lacaios

para vos tirarem os sapatos

de madrugada

quando regressardes de orgias noturnas

nem com pretos medrosos

para vos oferecer vacas

e vender milho a tostão

nem com corpos de mulheres

para vos alimentar de prazeres

nos ócios da vossa abundância imoral

Não contem comigo

Renuncio-me

Eu atingi o Zero

E agora podeis queimar

os letreiros medrosos

que às portas de bares hotéis e recintos públicos

gritam o vosso egoismo

nas frases “SÓ PARA BRANCOS” ou COLOURED MEN ONLY”

Negros aqui brancos acolá

E agora podeis acabar

com os miseráveis bairros de negros

que vos atrapalham a vaidade

Vivei satisfeitos sem colour lines

sem terdes que dizer aos fregueses negros

que os hotéis estão abarrotados

que não há mais mesas nos restaurantes

Banhai-vos descansados

nas vossas praias e piscinas

que nunca houve negros no mundo

que sujassem as águas

ou os vossos nojentos preconceitos

com a sua escura presença

Dissolvei o Ku-Klux-Klan

que já não há negros para linchar!

Porque hesitais agora!

ao menos tendes oportunidade

para proclamardes democracias

com sinceridade

Podeis inventar uma nova história

inclusivamente podeis inventar uma nova mística

direis por exemplo: No princípio nós criamos o mundo

Tudo foi feito por NÓS

E isso nada me interessa

Ah!

que satisfação eu sinto

por ver-vos alegres no vosso orgulho

e loucos na vossa mania de superioridade

Nunca houve negros!

A África foi construida só por vós

A América foi colonizada só por vós

A Europa não conhece civilizações africanas

Nunca houve beijos de negros sobre faces brancas

nem um negro foi linchado

nunca matastes pretos a golpes de cavalo-marinho

para lhes possuirdes as mulheres

nunca estorquistes propriedades a pretos

não tendes nunca tivestes filhos com sangue negro

ó racistas de desbragada lubricidade

Fartai-vos agora dentro da moral!

Que satisfação eu sinto

por não terdes que falsear os padrões morais

para salvaguardar

o prestígio a superioridade e o estômago

dos vossos filhos

Ah!

O meu suicídio é uma novidade histórica

é um sádico prazer

de ver-vos bem instalados no vosso mundo

sem necessidade de jogos falsos

Eu elevado até o Zero

eu transformado no Nada-histórico

eu no início dos tempos

eu-Nada a confundir-me com vós-Tudo

sou o verdadeiro Cristo da Humanidade!

Não há nas ruas de Luanda

negros descalços e sujos

a pôr nódoas nas vossas falsidades de colonização

Em Lourenço Marques

em New York em Leopoldville

em Cape Town

gritam pelas ruas

fogueteando alegrias nos ares

- Não há negros nas ruas!

Nunca houve

Não há negros preguiçosos

a deixar os campos por cultivar

e renitentes à escravização

já não há negros para roubar

Toda a riqueza representa agora o suor do rosto

e o suor do rosto é a poesia da vida

Viva a poesia da vida!

Viva!

Não existe música negra

Nunca houve batuques nas florestas do Congo

Quem falou em spirituals?

Os salões enchem-se de Debussy Strauss Korsakoff

que não há selvagens na terra

Viva a civilização dos homens superiores

sem manchas negróides a perturbar-lhe a estética!

Viva!

Nunca houve descobrimentos

a África foi criada com o mundo

O que é a colonização?

O que são os massacres de negros?

O que são os esbulhos de propriedade?

Coisas que ninguém conhece

A história está errada

Nunca houve escravatura

Nunca houve domínio de minorias

orgulhosas da sua força

Acabei com as cruzadas religiosas

A fé está espalhada por todo o mundo

sobre a terra só há cristãos

VÓS sois todos cristãos

Não há infiéis por converter

Escusais de imaginar mais infidelidades religiosas

para justificar

repugnantes actos de barbarismo

Não necessitais enviar mais missionários

a África

nem nos bairros de negros

Nunca houve mahamba

nem concepções religiosas diferentes

nunca houve religiosos a auxiliar a ocupação militar

Acabai com os missionários

os seus sofismas

os seus milagres

inventados para justificar ambições e vaidades

Possuis tudo TUDO

e sois todos irmãos

Continuai com os vossos sistemas políticos

ditaduras democráticas

isso é convosco

Explorai o proletariado

matai-vos uns aos outros

lutai pela glória

lutai pelo poder

criai minorias fortes

apadrinhai os afilhados dos vossos amigos

criai mais castas

aburguesai as ideias

e tudo sem a complicação

de verdes intrusos

imiscuir-se na vossa querida

e defendida civilização de homens

privilegiados

E agora

homens irmãos

daí-vos as mãos

gritai a vossa alegria de serdes sós

SÓS!

únicos habitantes da terra

Eu artingi o Zero

Isto significa extraordinariamente a vossa ética

Ao menos

não percais a ocasião para serdes honestos

Se houver terramotos

calamidades cheias ou epidemias

ou terras a defender da evasão das águas

ou motores parados em lamas africanas

raios vos partam!

já não tereis de chamar-me

para acudir as vossas desgraças

para reparar os vossos desastres

ou para carregar com a culpa das vossas incúrias

Ide para o diabo!

Eu não existo

Palavra de honra que nunca existi

Atingi o Zero

o Nada

Abençoada a hora

do meu super-suicídio

para vós

homens que construís sistemas morais

para enquadrar imoralidades

O sol brilha só para vós

a lua reflecte luz só para vós

nunca houve esclavagistas

nem massacres

nem ocupações da África

Como até a história

se transforma num tratado de moral

sem necessidade de arranjos apressados!

Os pretos dos cais não existem

Nunca foram ouvidos cantos dolentes

misturados com a chiadeira do guindaste

Nunca pisaram os caminhos do mato

carregadores com sem quilos às costas

são os motores que se queimam sob as cargas

Ó pretos submissos humildes ou tímidos

sem lugar nas cidades

ou nos escaninhos da honestidade

ou nos recantos da força

dançarinos com a alma poisada no sinal menos

polígamos declarados

dançarinos de batuques sensuais

Sabeis que subistes todos de valor

atingistes o Zero sois Nada

e salvastes o homem

Acabou-se o ódio

e o trabalho de civilização

e a náusea de ver meninos negros

sentados na escola

ao lado de meninos de olhos azuis

e as extorções e compulsões

e as palmatoadas e torturas

para obrigar inocentes a confessar crimes

e medos de revolta

e as complicadas demarches políticas

para iludir as almas simples

Acabaram-se as complicações sociais!

Atingi o Zero

Cheguei à hora do início do mundo

e resolvi não existir

Cheguei ao Zero-Espaço

ao Nada-Tempo

ao eu coincidente com vós-Tudo

E o que é mais importante:

Salvei o mundo!
 
 
 
( Agostinho Neto – 1949 - Primeiro Presidente de Angola )


























































































































































































































































































































































































































































































































































































sábado, 31 de julho de 2010

CARTA DE UM CONTRATADO





Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta que dissesse

deste anseio

de te ver

deste receio

de te perder

deste mais que bem querer que sinto

deste mal indefinido que me persegue

desta saudade a que vivo todo entregue...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta de confidências íntimas,

uma carta de lembranças de ti,

de ti

dos teus lábios vermelhos como tacula

dos teus cabelos negros como dilôa

dos teus olhos doces como macongue

dos teus seios duros como maboque

do teu andar de onça

e dos teus carinhos

que maiores não encontrei por aí...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

que recordasse nossos dias na capôpa

nossas noites perdidas no capim

que recordasse a sombra que nos caía dos jambos

o luar que se coava das palmeiras sem fim

que recordasse a loucura

da nossa paixão

e a amargura da nossa separação...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

que a não lesses sem suspirar

que a escondesses de papai Bombo

que a sonegasses a mamãe Kiesa

que a relesses sem a frieza

do esquecimento

uma carta que em todo o Kilombo

outra a ela não tivesse merecimento...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta que ta levasse o vento que passa

uma carta que os cajus e cafeeiros

que as hienas e palancas

que os jacarés e bagres

pudessem entender

para que se o vento a perdesse no caminho

os bichos e plantas

compadecidos de nosso pungente sofrer

de canto em canto

de lamento em lamento

de farfalhar em farfalhar

te levassem puras e quentes

as palavras ardentes

as palavras magoadas da minha carta

que eu queria escrever-te amor...



Eu queria escrever-te uma carta...



Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender

por que é, por que é, por que é, meu bem

que tu não sabes ler

e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!

POEMA DE ANTONIO JACINTO

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SECA

A seca ou estiagem é um fenômeno climático causado pela insuficiência ou ausência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande.


Existe uma pequena diferença entre seca e estiagem pois estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo ou seja a estiagem não é permanente, já a seca é permanente.


Este fenômeno provoca desequilíbrios hidrológicos importantes. Normalmente a ocorrência da seca se dá quando a evapotranspiração ultrapassa por um período de tempo a precipitação de chuvas.

Trata-se de um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando a criação de gado e o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas. Tornando mas difícil a vida daqueles que dependem da agricultura para o sustento da sua família.
 
 
Essas variações climáticas acabam provocando um sério problema social, como a fome, e a pobreza extrema á região afetada. 
 
 
 
o nordeste brasileiro é batante afetado pela seca. mas parecem que as autoridades não tomam as devidas providencias para minimizar o caos.

AUTOR: PETROLEO BRUTO

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PETROLEO


Petróleo é um dos recursos naturais mais importantes e a principal fonte de energia do mundo, é formado de restos de matéria orgânica, bactéria e hidrocarbonetos em seus três estados. Contém também enxofre, oxigênio e nitrogênio em pequenas quantidades.




O petroleo serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio. É encontrado tanto no mar como na terra, em grandes profundidades. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo mundial de petróleo atingiu aproximadamente 85 milhões de barris por dia.


Apesar de tudo, o que poucos sabem é que estes produtos (a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação) derivados do petróleo geram muitos acidentes e causa muita poluição em tudo o mundo. Por exemplo, acidentes no transporte de barris de petróleo poluem os oceanos intoxicam e asfixiam muitos animais...



É necessário que a empresa de exploração e manutenção do mesmo ter consciência dos riscos que eles apresentam para o meio ambiente, para que possamos evitar mais derramamento desta substancia na natureza.


AUTOR: CARLINHOS

segunda-feira, 19 de julho de 2010

RECURSOS E SEU USO

Os recursos naturais são elementos que compõe a natureza, que o homem utiliza com o objetivo de desenvolver a civilização, a sobrevivencia e o conforto da sociedade. Estes recursos podem ser renovaveis (aqueles que podem ser reproduzidos ou criados a partir de material genético.) Como exemplos: flora e fauna, florestas plantadas, alimentos, a energia do vento e do sol... e ainda não renovaveis(aqueles que, após esgotados, não podem ser reproduzidos utilizando a tecnologia atualmente disponível.), como o petroleo e minerios em geral.


Os recursos naturais também são considerados fontes de Matéria-prima, que é o nome dado a um material que sirva de entrada para um sistema de produção qualquer outra materia, por exemplo: os objetos que estão á sua volta , a roupa provém da flora ou da fauna, o sapato provém dos animais e minerais. A casa ou escritório que lhe abriga, a madeira provém das florestas; os tijolos provêm das minas de argila e etc.

A preocupação com os problemas ambientais é, hoje em dia, é indiscutível. O Homem encontra-se totalmente dependente dos recursos naturais para a sua sobrevivência e bem-estar, por isso torna-se cada vez mais importante gerir de forma racional para garantir a sua preservação. Se não esta dependência será comprometida através da exploração excessivas dos recursos naturais que podem causar:

 Grande impacto negativo sobre o ambiente;

 Perigo de derramamento de petróleo no mar; grandes marés negras;

 Profundas alterações do equilíbrio natural dos ecossistemas e seu possível desaparecimento, com a montagem e a perfuração de sondas;

 Extracção do carvão provoca um grande movimento e derrubamentos de terra, deslizamentos, explosões de gás e há um número muito grande de mineiros que morrem todos os anos;

 Destruição de florestas, milhões de hectares de florestas são todos os anos destruídos para servir a indústria;

 Importantes ecossistemas do nosso planeta são também destruídos;

 O planeta entra num desequilibro sem ponta definida;

 Aumento desmesurado das temperaturas terrestres – aquecimento global.

A extração e exploração dos recursos naturais para ser feito de uma forma equilibrada e consciente, é necessário fazer uma gestão sustentável dos recursos disponíveis. Para conseguir essa gestão, temos de defender aquilo que ainda existe para garantirmos o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza, de forma a salvaguardar o meio ambiente para as gerações futuras.

Tudo depende de mim, você e de todos que colaborarem fazendo a sua parte.

AUTOR: PETROLEO BRUTO

sábado, 17 de julho de 2010

NAMORO




Namoro
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
E com a letra bonita eu disse que tinha
Um sorrir luminoso tão quente e gaiato
Como o sol de Novembro brincando de artista nas acácias floridas
Espalhando diamantes na fímbria do mar
E dando calor ao sumo das mangas.
Sua pele macia - era sumaúma...
Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas
Tão rijo e tão doce - como o maboque...
Seu seios laranjas - laranjas do Loge
Seus dentes... - marfim...

Mandei-lhe uma carta
E ela disse que não.

Mandei-lhe um cartão
Que o Maninjo tipografou:
"Por ti sofre o meu coração"
Num canto - SIM, noutro canto - NÃO

E ela o canto do NÃO dobrou.

Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
Pedindo rogando de joelhos no chão
Pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigênia,
Me desse a ventura do seu namoro...
E ela disse que não.

Levei à avó Chica, quimbanda de fama
A areia da marca que o seu pé deixou
Para que fizesse um feitiço forte e seguro
que nela nascesse um amor como o meu...
E o feitiço falhou.

Esperei-a de tarde, à porta da fábrica,
Ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
Paguei-lhe doces na calçada da Missão,
Ficamos num banco do largo da Estátua,
Afaguei-lhe as mãos...
Falei-lhe de amor... e ela disse que não.

Andei barbado, sujo, e descalço,
Como um mona-ngamba.
Procuraram por mim
" - Não viu...(ai, não viu...?) Não viu Benjamim?"
E perdido me deram no morro da Samba.

E para me distrair
Levaram-me ao baile do sô Januário
Mas ela lá estava num canto a rir
Contando o meu caso às moças mais lindas do Bairro Operário

Tocaram uma rumba dancei com ela
E num passo maluco voamos na sala
Qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou: "Aí Benjamim!"
Olhei-a nos olhos - sorriu para mim
Pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim.

Poema de viriato da cruz