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sábado, 31 de julho de 2010

CARTA DE UM CONTRATADO





Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta que dissesse

deste anseio

de te ver

deste receio

de te perder

deste mais que bem querer que sinto

deste mal indefinido que me persegue

desta saudade a que vivo todo entregue...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta de confidências íntimas,

uma carta de lembranças de ti,

de ti

dos teus lábios vermelhos como tacula

dos teus cabelos negros como dilôa

dos teus olhos doces como macongue

dos teus seios duros como maboque

do teu andar de onça

e dos teus carinhos

que maiores não encontrei por aí...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

que recordasse nossos dias na capôpa

nossas noites perdidas no capim

que recordasse a sombra que nos caía dos jambos

o luar que se coava das palmeiras sem fim

que recordasse a loucura

da nossa paixão

e a amargura da nossa separação...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

que a não lesses sem suspirar

que a escondesses de papai Bombo

que a sonegasses a mamãe Kiesa

que a relesses sem a frieza

do esquecimento

uma carta que em todo o Kilombo

outra a ela não tivesse merecimento...



Eu queria escrever-te uma carta

amor,

uma carta que ta levasse o vento que passa

uma carta que os cajus e cafeeiros

que as hienas e palancas

que os jacarés e bagres

pudessem entender

para que se o vento a perdesse no caminho

os bichos e plantas

compadecidos de nosso pungente sofrer

de canto em canto

de lamento em lamento

de farfalhar em farfalhar

te levassem puras e quentes

as palavras ardentes

as palavras magoadas da minha carta

que eu queria escrever-te amor...



Eu queria escrever-te uma carta...



Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender

por que é, por que é, por que é, meu bem

que tu não sabes ler

e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!

POEMA DE ANTONIO JACINTO

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SECA

A seca ou estiagem é um fenômeno climático causado pela insuficiência ou ausência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande.


Existe uma pequena diferença entre seca e estiagem pois estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo ou seja a estiagem não é permanente, já a seca é permanente.


Este fenômeno provoca desequilíbrios hidrológicos importantes. Normalmente a ocorrência da seca se dá quando a evapotranspiração ultrapassa por um período de tempo a precipitação de chuvas.

Trata-se de um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando a criação de gado e o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas. Tornando mas difícil a vida daqueles que dependem da agricultura para o sustento da sua família.
 
 
Essas variações climáticas acabam provocando um sério problema social, como a fome, e a pobreza extrema á região afetada. 
 
 
 
o nordeste brasileiro é batante afetado pela seca. mas parecem que as autoridades não tomam as devidas providencias para minimizar o caos.

AUTOR: PETROLEO BRUTO

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PETROLEO


Petróleo é um dos recursos naturais mais importantes e a principal fonte de energia do mundo, é formado de restos de matéria orgânica, bactéria e hidrocarbonetos em seus três estados. Contém também enxofre, oxigênio e nitrogênio em pequenas quantidades.




O petroleo serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio. É encontrado tanto no mar como na terra, em grandes profundidades. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo mundial de petróleo atingiu aproximadamente 85 milhões de barris por dia.


Apesar de tudo, o que poucos sabem é que estes produtos (a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação) derivados do petróleo geram muitos acidentes e causa muita poluição em tudo o mundo. Por exemplo, acidentes no transporte de barris de petróleo poluem os oceanos intoxicam e asfixiam muitos animais...



É necessário que a empresa de exploração e manutenção do mesmo ter consciência dos riscos que eles apresentam para o meio ambiente, para que possamos evitar mais derramamento desta substancia na natureza.


AUTOR: CARLINHOS

segunda-feira, 19 de julho de 2010

RECURSOS E SEU USO

Os recursos naturais são elementos que compõe a natureza, que o homem utiliza com o objetivo de desenvolver a civilização, a sobrevivencia e o conforto da sociedade. Estes recursos podem ser renovaveis (aqueles que podem ser reproduzidos ou criados a partir de material genético.) Como exemplos: flora e fauna, florestas plantadas, alimentos, a energia do vento e do sol... e ainda não renovaveis(aqueles que, após esgotados, não podem ser reproduzidos utilizando a tecnologia atualmente disponível.), como o petroleo e minerios em geral.


Os recursos naturais também são considerados fontes de Matéria-prima, que é o nome dado a um material que sirva de entrada para um sistema de produção qualquer outra materia, por exemplo: os objetos que estão á sua volta , a roupa provém da flora ou da fauna, o sapato provém dos animais e minerais. A casa ou escritório que lhe abriga, a madeira provém das florestas; os tijolos provêm das minas de argila e etc.

A preocupação com os problemas ambientais é, hoje em dia, é indiscutível. O Homem encontra-se totalmente dependente dos recursos naturais para a sua sobrevivência e bem-estar, por isso torna-se cada vez mais importante gerir de forma racional para garantir a sua preservação. Se não esta dependência será comprometida através da exploração excessivas dos recursos naturais que podem causar:

 Grande impacto negativo sobre o ambiente;

 Perigo de derramamento de petróleo no mar; grandes marés negras;

 Profundas alterações do equilíbrio natural dos ecossistemas e seu possível desaparecimento, com a montagem e a perfuração de sondas;

 Extracção do carvão provoca um grande movimento e derrubamentos de terra, deslizamentos, explosões de gás e há um número muito grande de mineiros que morrem todos os anos;

 Destruição de florestas, milhões de hectares de florestas são todos os anos destruídos para servir a indústria;

 Importantes ecossistemas do nosso planeta são também destruídos;

 O planeta entra num desequilibro sem ponta definida;

 Aumento desmesurado das temperaturas terrestres – aquecimento global.

A extração e exploração dos recursos naturais para ser feito de uma forma equilibrada e consciente, é necessário fazer uma gestão sustentável dos recursos disponíveis. Para conseguir essa gestão, temos de defender aquilo que ainda existe para garantirmos o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza, de forma a salvaguardar o meio ambiente para as gerações futuras.

Tudo depende de mim, você e de todos que colaborarem fazendo a sua parte.

AUTOR: PETROLEO BRUTO

sábado, 17 de julho de 2010

NAMORO




Namoro
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
E com a letra bonita eu disse que tinha
Um sorrir luminoso tão quente e gaiato
Como o sol de Novembro brincando de artista nas acácias floridas
Espalhando diamantes na fímbria do mar
E dando calor ao sumo das mangas.
Sua pele macia - era sumaúma...
Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas
Tão rijo e tão doce - como o maboque...
Seu seios laranjas - laranjas do Loge
Seus dentes... - marfim...

Mandei-lhe uma carta
E ela disse que não.

Mandei-lhe um cartão
Que o Maninjo tipografou:
"Por ti sofre o meu coração"
Num canto - SIM, noutro canto - NÃO

E ela o canto do NÃO dobrou.

Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
Pedindo rogando de joelhos no chão
Pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigênia,
Me desse a ventura do seu namoro...
E ela disse que não.

Levei à avó Chica, quimbanda de fama
A areia da marca que o seu pé deixou
Para que fizesse um feitiço forte e seguro
que nela nascesse um amor como o meu...
E o feitiço falhou.

Esperei-a de tarde, à porta da fábrica,
Ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
Paguei-lhe doces na calçada da Missão,
Ficamos num banco do largo da Estátua,
Afaguei-lhe as mãos...
Falei-lhe de amor... e ela disse que não.

Andei barbado, sujo, e descalço,
Como um mona-ngamba.
Procuraram por mim
" - Não viu...(ai, não viu...?) Não viu Benjamim?"
E perdido me deram no morro da Samba.

E para me distrair
Levaram-me ao baile do sô Januário
Mas ela lá estava num canto a rir
Contando o meu caso às moças mais lindas do Bairro Operário

Tocaram uma rumba dancei com ela
E num passo maluco voamos na sala
Qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou: "Aí Benjamim!"
Olhei-a nos olhos - sorriu para mim
Pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim.

Poema de viriato da cruz